segunda-feira, 28 de julho de 2014

sentindo momentos


Era como uma poesia,

Perdida entre as gavetas antigas dessa casa,

Mas somente estava presa e parada,

Enterrada em meu subconsciente.

Versos vagos que hoje fazem sentido,

Como nunca houveram fazer,

Amor, hoje tudo se encaixa em seu devido lugar,

Fecho as portas de meu roupeiro,

Mando os pesares embora,

E de tudo que ainda me resta e posso levar comigo

Pra esta jornada,

Só escolho te ter ao meu lado,

O mundo resolveu fazer sentido,

Depois de anos,

Mas fez sentido.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

cidade das rosas

E eu pernoitava pelas vielas,
Pensando que lhe tinha,
Porém somente era minha,
Toda aquela ilusão,
Plantada em meu quintal,
Lá estavam as flores do mal,
Um desabrochar suave e tentador,
E não eram negras,
Aquelas pétalas como veludo,
E sim vermelhas amor,
Da cor do vermelho paixão,
Que faz querer ter,
Pra depois querer nada além,

De esquecer..

 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

fire

Queime querida,
Como o fogo deste desejo,
Que incendeia este inverno.
Aqui sobre minhas cobertas,
Meu corpo se contorce de desejos,
Entre este beijo sem fim,
o teu corpo suado no embalo desta
Louca noite de amor,
Rangido dos moveis
Que se arrastam pelo chão,
Sem dor,
Só paixão, desejo, orgasmos de prazer...
 
Nós que somos jovens,
Andamos, amamos e vivemos,
Merecemos muito mais.
Por mais que a paz seja o fruto da batalha,
Não queremos batalhar,
Só queremos um gole de vinho,
Um beijo ébrio,
Doces mordidas em teu lábio,
E os meus,
Descendo e descobrindo aos beijos,
Cada pedaço desta tentação
Que se esconde em você.
 
Suspire e respire,
A noite começa quando os homens
Mortais se cansam e adormecem,
E nós,
Rolamos pelo chão outra vez mais,
Entre gemidos,
Mordidas e este fogo,
Que consome o meu ser,
Queime e arda,
Não existe,
Persisto querendo outra noite,
O que tu sempre vais querer,
Paixão, tentação,
Amor com um fogo que nunca se apaga...

quarta-feira, 16 de julho de 2014

pequenos versos 1

Quando a paixão lhe consome,
E lhe prende nesse laço chamado amor,
Nada amortece ou  congela,
O tempo q se leva ao chão,
Parado vendo pequenos olhos castanhos,
De uma mulher clara,
De uma formosura rara,
Por quem bate este coração.

sortilégios de um adolenscente

E então senhoritA,
Sempre bela e tão formosa,
Que faz tudo virar prosa.
Faça outra vez mais,
A tortura minha alegria.
E então me diga,
Será que você irá me amar,
Quando amanhã o finalmente chegar?
 
Eu me entristeço e me esvaio,
Na frente deste espelho sujo,
Essas roupas largas,
Esse jeito rude,
Eu não sou o que sonhastes para uma vida
E mais além.
Sou somente um simples ninguém,
Que de nada sabe além de amar,
Sonhar,
De tentar,
Talvez conseguir.
 
Eu rebaixo e me abaixo,
Perante sua beleza,
E fico assim,
Sem saber de nada,
mesmo tendo um dia aprendido tudo.
Parece até loucura,
Mas eu tentei ser melhor,
E aqui estou,
Esse mesmo sujeito sem jeito,
Que te olha e sorri,
Vendo o mundo brilhar,
Com o branco de teu sorriso,
E me perdendo neste abismo,
Que me faz tentar ser melhor,
e então cada vez mais,
tentar lhe ter aqui.

 

 

sábado, 12 de julho de 2014

temporario

Não sou tempo,
Mas sou “o tempo”
Não sou os segundos,
Nem as horas, nem os dias,
Mas sim a brisa fria,
Que vem com as tardes de irverno.
 
Sou o sol que racha,
Quando o verão sucede,
Sou a brisa por quem clamas,
Quando do céu vem chamas,
Que nem a sombra consegue apagar,
Teu lar,
Espera,
Espera dezembro chegar,
Então o calor, meu fervor impera,
Dai sim vocês veram,
Eu me chamo as vezes verão.
 
Me isolo e me transformo,
Sou a chuva que fica,
E as folhas que caem,
Quando abril chega devagar,
Tardes cinzentas,
Não tão friolentas,
Onde a garoa,
Minha arma que deixo a toa,
Uma semana para te entediar,
Portanto não comece a se aliviar,
lhe deixo outra vez mais,
E você,
Murmura para mim,
Eu sou o tempo, vento, garoa,
Me chamo outono outra vez mais.
 
Eu me transformo,
Nunca sou tão igual,
Por mais que a dança das estações sigam,
Elas voltam para o mesmo lugar,
As flores desabrocham,
E eu me viro e desviro,
sou aquela ou talvez somente retorno para ela,
Aquela velha prima chamada Vera,
Venha logo beleza da primavera.
 
Um, dois...
Pinga, respinga,
Respinga esta gota da chuva,
Eu me torno a aguá,
Que molha sua blusa,
Não reclama,
Mas me clama para parar,
Quando viro sol,
Alguém também á de reclamar,
E o que há de errado?
É difícil de mais contentar,
Isso, aquilo,
Chuva, sol,
Sol e chuva,
Arco-iris sete cores,
Ilumina, refina o sol,
São tão pequenas as gotas da chuva,
E eu sou o velho e bom tempo,
Que sempre vem e muda.

  

quarta-feira, 2 de julho de 2014

amor d'aça

Amor d’ ação,
Amordaçamos nossas palavras,
Onde sempre almejamos mais,
Eu mais, tu mais, eles mais,
Nunca o mesmo,
Desigual é esta é esta sociedade sempre querendo querer,
Onde amar igualmente é impossível,
O possível já é muito pouco para todos,
Todos querem mais de todo o mundo,
Anseiam querer o que todos vejam,
O que um coração deveria ver por vez,
Um olhar,
Dois toques leve,
três sorrisos breves e desejeitados,
“Um” te amo baixo e envergonhado,
Só existe um breve e único primeiro beijo,
Nascimento do amor,
Que não amordaça...