sábado, 12 de julho de 2014

temporario

Não sou tempo,
Mas sou “o tempo”
Não sou os segundos,
Nem as horas, nem os dias,
Mas sim a brisa fria,
Que vem com as tardes de irverno.
 
Sou o sol que racha,
Quando o verão sucede,
Sou a brisa por quem clamas,
Quando do céu vem chamas,
Que nem a sombra consegue apagar,
Teu lar,
Espera,
Espera dezembro chegar,
Então o calor, meu fervor impera,
Dai sim vocês veram,
Eu me chamo as vezes verão.
 
Me isolo e me transformo,
Sou a chuva que fica,
E as folhas que caem,
Quando abril chega devagar,
Tardes cinzentas,
Não tão friolentas,
Onde a garoa,
Minha arma que deixo a toa,
Uma semana para te entediar,
Portanto não comece a se aliviar,
lhe deixo outra vez mais,
E você,
Murmura para mim,
Eu sou o tempo, vento, garoa,
Me chamo outono outra vez mais.
 
Eu me transformo,
Nunca sou tão igual,
Por mais que a dança das estações sigam,
Elas voltam para o mesmo lugar,
As flores desabrocham,
E eu me viro e desviro,
sou aquela ou talvez somente retorno para ela,
Aquela velha prima chamada Vera,
Venha logo beleza da primavera.
 
Um, dois...
Pinga, respinga,
Respinga esta gota da chuva,
Eu me torno a aguá,
Que molha sua blusa,
Não reclama,
Mas me clama para parar,
Quando viro sol,
Alguém também á de reclamar,
E o que há de errado?
É difícil de mais contentar,
Isso, aquilo,
Chuva, sol,
Sol e chuva,
Arco-iris sete cores,
Ilumina, refina o sol,
São tão pequenas as gotas da chuva,
E eu sou o velho e bom tempo,
Que sempre vem e muda.

  

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