sábado, 31 de maio de 2014

devaneios

Reis e rainhas de longínquas terras,
Sobre o sol do crepúsculo, acampamos por esta clareira,
Ao som do velho banjo que da melodia as noites,
Sentamos sob a luz da fogueira,
Eu ouço os lobos uivarem,
Eu observo As corujas voarem sob rasantes,
Devorando os ratos da noite,
A natureza grita no silencio das noites,
E os humanos dormem,
Os humanos comem,
Nossa espécie morre antes mesmo de começar a viver.
 
Vamos voar pelas vielas de Londres,
Vamos cantar as noites mais belas em Paris,
Teus amores vieram e logo partiram,
Não há mais motivos para prantear,
Apesar de hoje ser preciso muito pouco para ser feliz,
Chegou a hora de sair,
Deixar o passado no seu lugar,
No f im, a vida tem de prosseguir,
Hoje não é um dia para se deixar passar.
 
E se alguém lhe disser para lhe esperar,
Diga que tens presa de sorrir,
Presa de partir deste lugar,
Amanheceu hoje querendo novamente ser feliz,
Pois mesmo sem vós,
A vida sempre vai prosseguir,
O amanhã deve chegar tão rápido,
As curujas voltam pro seu lar.
 
E se teu rei realmente levantar e partir,
Teu servo fiel e honrado, eis-me aqui,
E se meu sangue tiver de escorrer pelos teus pecados,
Serrei eu o errado,
Novamente para poder lhe ver viver,
Os lobos comem a carne de meus dedos,
As corujas arrancam meus olhos,
E você uiva aos morros,
Nas saídas,
Para alguém que quis partir sem você,
O rei quis ser feliz sem você.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

into

Passou breve o tempo,
Em que eu observava os corpos caídos no chão,
Levantando friamente e indo embora,
Eu matei minhas paixões,
Em overdoses de amor,
Falhando cada vez um pouco mais,
Eu nunca pude aprender com meus diversos erros.
Queríamos paz, mas hoje,
Nossos corações vivem em guerras,
Deixamos definhar amores verdadeiros,
E logo ao começo do entardecer,
Tentamos trazer de volta ilusões,
Não existe paz e amor,
Que cresça belo em meio ao asfalto frio do inverno.

 
Homens tolos com pensamentos egoístas,
Realmente foi isso que eu me tornei com os anos,
Conheci tamanhas verdades,
E as deixei guardadas só para mim.
Obtive a sabedoria que só o tempo traz,
E a deixei partir tão rápido,
Como a canção da moda do momento,
Eu aprendi o jogo chamado amor,
Mas nunca soube o verdadeiro sentido de amar,
Eu fui um homem tolo,
No fim sou só um jovem, um menino.

domingo, 25 de maio de 2014

doce solidão

Minhas mãos,  pequenas e fracas,
Não conseguiram segurar nada,
Não serviram para segurar mãos frias,
Nem para fazer ela querer ficar,
Apenas alguns segundos mais,
Colocando pregos nos caixões,
Trilhando o rumo do inferno.

Ela me abraçou fortemente nas noites frias,
Enquanto minhas pernas tremulas fraquejaram,
Nos bancos das praças,
Nos gramados da vida,
Na estrada eu sigo, ela sempre esta lá,
O inferno chegou, um pouco de vinho,
Brindamos juntos no gargalo roxo,
Nossos lábios vermelhos,
Doce solidão, me acompanhe em mais uma noite fria,
Só você me restou, e o inverno esta para começa.
 
Levantem cedo,
Não há por que celebrar as noites do inverno,
Elas foram feitas para brilhar o coração,
Sentatado na varanda num velho banco qualquer,
Eu observo astro rei levantar,
Um golé de café forte,
Um cigarro qualquer,
Três casacos e uma manta nunca,
Nunca irão compensar o calor humano que não existe aqui.

 
Realmente parece a felicidade,
Mas são só ervas,
É essa a felicidade que tanto ouvi falar?
Breves sorrisos e longas risadas,
Você me viu feliz e achou que o coração estava bem,
Mas bem estaria,
Se não fosse preciso tais venenos,
Para me deixar vivo,
Eu estou morto a tanto tempo,
Que esqueci como se sorri sozinho e de verdade,
Ter bondade,
Não tenho mais coragem pra viver assim.
 
Arvores que não tem mais verde,
Portões frios na minha estrada,
Eu não sei o que aconteceu,
Mas estou tão perdido,
Eu não sei em que canto escuro da minha mente eu estou.

 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ela


 
Ela tocou-me, 
Onde ninguém a muito havia tocado,
Talvez não seja errado, me afogar nessa paixão,
Com beijos doces, lábios firmes,
Dias longos onde vejo amores passageiros,
Tardes eternas e um por do sol laranja,
Somente mais uma tarde de outono.
 
Ela tinha muito medo da dor e do amor,
Minha doce amiga,
Eras apenas uma mulher que aprendeu muito na vida,
Saiba que nada era eterno quando se diz
“pra sempre”
Sorria brevemente, o amanha chegou,
Hoje é dia de se ser feliz.
 
Ela me banhou em alegria,
Quando pra mim já não existia, o tal amanha.
Então um abraço, é pouco, mas é o que pude lhe dar,
Doces lábios,  pequenos dedos seguram minha mão.
E ela, que para muitos pode não ser a perfeição,
Mas Transmite a mim, uma imagem surreal.
Um por do sol laranja, de um dia de outono,
Minha doce amiga, te chamo antiga,
Jovem perfeição.
 
Amigos a parte,
Vivemos esta arte que chamamos de paixão,
Se entrelaçando nos meus lençóis,
Um beijo a mais trás vida para este lugar,
E se amanha não estiver aqui,
O inferno pode esperar,
Gritemos a liberdade dançante que nos guia, 
Dias longos, noites perdidas,
Ganhe vida, querida paixão.

 

terça-feira, 20 de maio de 2014

começo

Foi então, mais uma boa noite,
O sono me levou cedo,
Despertei cedo,
Acordei meio poesia,
Pensando em vc e mergulhando em alegria,
Pensando talvez um dia,
Amanhã, logo mais.

 
Despertar e lembrar,
Lembrar e sorrir,
Ficar pra não mais partir,
Amar e não dormir,
Querer e poder,
De todos os modos,
Quem sabe eu e você,
Se não agora,
Talvez amanhã,
 E se não amanhã,
Quem sabe em sua saída,
Logo mais tardar.

domingo, 18 de maio de 2014

mocidade

temos vivido cada dia,
e ainda assim não vimos o quanto deixamos para trás,
o quanto temos perdido nesta vida amadiçoada,
nessa vida de poesia, amores, dores, solidão,
o mal do poeta, o mal de saber amar.

 Aqui estou, os anos se passaram,
os amores mudaram e partiram,
e ainda assim,
reencontramos pessoas que mechem com o coração,
jovens que ficaram velhos,
minha mocidade,
será que eu era tão tolo de não ter te notado?
depois de anos, dois ou três,
te reencontro nos trilhos do metro,
e partimos para reenvidicar nossos direitos,
nós temos o direito de amar.

sábado, 17 de maio de 2014

cores vibrantes

Cores vibrantes invadem minha alma,
E a magia do amor percorre meu corpo.
Meu amor, vamos partir o quão logo daqui,
Você não percebeu, mas o sol esta para nascer,
Partamos antes que ele possa observar,
Nossos pecados mais sórdidos germinados nessa noite.
 
A magia, celeste cor viva,
Sinta a frenezia,
Enquanto meus lábios percorrem,
Os lindos traços do teu corpo,
A noite não acaba quando o sol se levanta,
Eu sou o homem que você esperava ter apenas por uma noite?

 
Eu perdi a primeira das batalhas,
Porém os sonhos não se vão ao acordar,
Um vinho seco a luz de velas,
Atração, não tão fatal quanto a morte,
Pode já não ser segredo, mas quero poder lhe amar,
Se não for agora, talvez logo mais.
O ritmo do teu corpo, faz o meu dançar,
E por baixo destes lençóis limpos,
Acontece a mais pura magia do amor,
E eu aqui queimo,  queime querida,
Meu corpo arde de desejos por ti.

 
O amanhã, sempre um despertar estranho,
Entre os suspiros de um “te amo”
Tão desajeitado quanto tropeçar,
Baby, eu te amei somente uma noite,
E então por fim,
Nunca mais observei o sol brilhar,
Ainda vivo esta noite de prezeres sem fim,
É magia, ou algo mais.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

dias melhores

 
 
Meus olhos estavam perdidos,
E por isso eu não consegui ver,
O sol partindo por entre os montes,
Aos poucos e solitário,
Com seu tom jovial e alaranjado.
Estava tão perdido e ali parado,
 Vendo aquele tão puro e lindo,
Sorriso juvenil.
 
Sentado as gramíneas,
Em meio as arvores desta relva,
Vemos  a agua calma, sentimos a brisa do anoitecer,
Doce garota,
Bailemos enquanto a fumaça vaza de nossos lábios,
Eu só consigo observar,
Teus lindos olhos cor de mel.
 
Eu, um mero humano,
Não posso prever o futuro,
Mas os meses tem passado rápido de mais,
Talvez eu esteja velho de mais,
Para uma rainha que clama por vida,
Nossos cigarros logo ão acabar,
Me embriague com breves sorrisos,
E me faça delirar em teus beijos,
este dia esta tão chuvoso,
Hoje eu só quero poder te amar.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Loba

Não pude apreciar as desventuras totais da vida,
mas ontem eu sentei-me aos gramados para observar o dia indo embora,
a lua subindo aos poucos,  o sol desaparece no horizante.
Os lobos saem de suas grutas,
as crianças querem dançar,
viver como se não tivesse um amanhã,
metamorfosses acontecem,
onde belas damas viram lobos solitários,
e uivam sozinhas clamando por alguns segundos a mais.

sozinho, palavra da solidão,
na grandeza do ontem,
na frieza do amanhã,
amores partem pra não voltar,
o fim é o começo para quem tem punho forte.
A loba uiva sozinha,
e das gramineas, eu ouço seu pranto em forma de canção,
lindos versos solitarios,
nessa troca de estação...