terça-feira, 17 de junho de 2014

E se um dia


 
Quem me dera os sonhos,
Fossem a porta da verdade,
Do vazio a realidade,
Do hoje que não mais é presente ,
Do amanhã que sempre vem ausente,
Dos sonhos que nunca chegam.
 
Quem me dera ser eterno,
Como foi o grande leminski,
 E viajar ao mundo,
Ver o absurdo,
Conhecer um grande amor.
Dor é o ser e não ter,
Ter,
Não ter,
Ter para logo mais não ter.
 
Quem me dera estar ao calor,
De natal que não tem presentes,
De gente que não é gentalha,
Gente vóis também  não sois,
Sóis amor de verdade,
Que por pura vaidade,
Destino manteve longe de mais de mim.
 
Quem me dera você aqui,
Nem que logo mais volte pra i,
Aqui ou ai, tudo longe de mais,
Nove horas  ou tanto faz,
Os sonhos nascem do possível que é impossível,
Amor impossível de ter.
 
Quem me dera eu e tu,
Tu e eu,
No sofá pra começar,
Ou até num banco de um bar,
Vendo o futuro de cima de uma caneca.
Tudo seria lindo,
Em um mundo cor de rosa,
As rosas morrem,
Mas a cor sempre é eterna,
Eterno,
Eternidade,
Vaidade é sonhar,
Com a beleza que somente os olhos não conseguem enxergar.
 
E nos planos, plenitude,
Ajude destino,
Não quero ser menino,
Quero ser homem,
Pai amado e marido desejado,
Um tanto desengonçado,
Mas que faça o coração brilhar,
Não só num banco de bar,
Mas na hora de fazer nanar,
Uma menina, outra vida,
Vida nossa que nasce do amor,
Nomeie, renomeie, inspire, respire,
Ta ai então,
Te chamo minha menina,
Evy, meu talvez um dia pequeno bebê.
 
Meu sonho de viver,
Eu e ela, uma filha bela de olhos grandes,
Lobooo mauu,
Não faz miau,
Dante nosso gatinho não vai acordar,
 A cadelinha Pietra correndo a brincar,
um amor, sonho de mesa de bar.

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