domingo, 25 de maio de 2014

doce solidão

Minhas mãos,  pequenas e fracas,
Não conseguiram segurar nada,
Não serviram para segurar mãos frias,
Nem para fazer ela querer ficar,
Apenas alguns segundos mais,
Colocando pregos nos caixões,
Trilhando o rumo do inferno.

Ela me abraçou fortemente nas noites frias,
Enquanto minhas pernas tremulas fraquejaram,
Nos bancos das praças,
Nos gramados da vida,
Na estrada eu sigo, ela sempre esta lá,
O inferno chegou, um pouco de vinho,
Brindamos juntos no gargalo roxo,
Nossos lábios vermelhos,
Doce solidão, me acompanhe em mais uma noite fria,
Só você me restou, e o inverno esta para começa.
 
Levantem cedo,
Não há por que celebrar as noites do inverno,
Elas foram feitas para brilhar o coração,
Sentatado na varanda num velho banco qualquer,
Eu observo astro rei levantar,
Um golé de café forte,
Um cigarro qualquer,
Três casacos e uma manta nunca,
Nunca irão compensar o calor humano que não existe aqui.

 
Realmente parece a felicidade,
Mas são só ervas,
É essa a felicidade que tanto ouvi falar?
Breves sorrisos e longas risadas,
Você me viu feliz e achou que o coração estava bem,
Mas bem estaria,
Se não fosse preciso tais venenos,
Para me deixar vivo,
Eu estou morto a tanto tempo,
Que esqueci como se sorri sozinho e de verdade,
Ter bondade,
Não tenho mais coragem pra viver assim.
 
Arvores que não tem mais verde,
Portões frios na minha estrada,
Eu não sei o que aconteceu,
Mas estou tão perdido,
Eu não sei em que canto escuro da minha mente eu estou.

 

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