quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

De perto estando longe

Admito,
eu lhe amei até o ultimo instante,
até a ultima gota d'agua
escorrer por meu rosto,
até o ultimo abraço afagado e forte que lhe dei,
até a ultima vez que pude
abservar teus olhos cor de mel.

Sim eu admito,
que por inumeras vezes,
pensei em lhe virar as costas,
e lhe deixar só em teu leito,
suspirando em um sono tão profundo,
quanto de uma criança que dorme,
sem saber que o mundo observa,
seus pequenos passos e frases ao crescer.

Sim eu admito,
que todas as vezes
que me prostei ao teu lado,
e observei a beleza do mundo de teu olhar,
senti-me frágil como cristal,
e forte como o aço,
admito que nunca soube ao certo saber,
aonde ponderava o eixo que fazia seu mundo girar,
e lhe prendia tão distante de sua casa,
nas paredes e no fazio do nada.

Sim admito,
que a fumaça que vazava de meus lábios,
estancava o sangue que dia hove escorrer de meu peito,
e cada pequeno grande pesso de teu passado,
fazia aumentar minha ferida,
inerte e sem vida.
que ainda desata a doer.

Sim eu admito,que não lhe perdoarei jamais,
por ser quem tu és.

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