quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

o lar

então seguiu a passos largos,
a direção que levava ao limbo,
e por um unico estante olhou para traz e viu,
a triste e derradeira história,
de uma vida coberta de marcas e dores...

seguimos diversos rumos,
direções que nos levam a estradas lindas,
bosquez e matas,
rios e desertos,
vidas prosperas e falidas,
e no fim chegamos ao mesmo esmo,
observando nossos pobres corpos nus,
nossas mentes sem esperança.

até podia se lembrar,
que seus dedos tremulos se quer podiam,
tracejar linhas firmes pelos papiro,
e as gotas que cairam a muito,
ficaram para sempre marcadas em vermelho na triste carta,
de que um dia amaou demais,
mais que deus, que a terra,
e que sua própria vida.

o caixão se fechou e não vejo mais nada,
não vejo como sou,
e se quer me lembro quem fui,
não lembro o que fiz,
se quer sei de onde vim,
não lembro meu nome,
e minha humanidade perdi,
só sei que aqui viverei,
mesmo sem poder mais sorrir,
e voces esquecerão,
que um dia eu existi.

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